Funcionários da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição de ensino superior de Moçambique, manifestaram descontentamento na manhã desta segunda-feira em relação à redução significativa no valor do cabaz festivo deste ano.
Em declarações à imprensa, um funcionário lamentou que, em anos anteriores, o cabaz atingiu o valor de 7 mil meticais, mas, recentemente, os trabalhadores foram informados de que, este ano, o montante seria reduzido para 3 mil meticais, o que representa uma queda de mais de 50%. Outro trabalhador sugeriu que os colegas rejeitassem o valor, considerando-o insuficiente para atender às necessidades da época festiva.
Em resposta às reclamações, o director financeiro da UEM explicou que o cabaz foi instituído em 2012 por meio de um despacho interno e que o bónus tem caráter precário e anual, dependendo da disponibilidade financeira da instituição. Segundo o director, 2024 foi um ano "atípico", marcado por dificuldades orçamentais que afectaram a capacidade financeira da universidade.
"Este ano tivemos uma situação estrutural e conjuntural, com uma quebra no orçamento. Para garantir o funcionamento das actividades essenciais, foi necessário reformular toda a programação financeira, e o bónus não estava assegurado", afirmou.
O director financeiro disse também que, inicialmente, não havia condições para disponibilizar qualquer valor para o cabaz deste ano. Contudo, após concertações internas e negociações com os ministérios e parceiros, conseguiu-se garantir um valor mínimo para os trabalhadores.
O director ainda esclareceu que, desde a introdução do cabaz, o montante inicial era de 3 mil meticais. Com o passar dos anos, este valor foi sendo ajustado, chegando a 4 a 5 mil e, no ano passado, a 7 mil meticais. "Este ano o valor retornou aos 3 mil meticais devido às condições financeiras. Não se trata de uma redução propriamente dita, mas sim de uma adequação ao orçamento disponível", concluiu.