Ministério Público instaura processo criminal contra agentes da polícia que atearam fogo a madeireiros




O Ministério Público (MP) ao nível da província nortenha do Niassa, abriu um processo criminal contra os agentes de polícia que atearam fogo contra dois madeireiros que exploravam madeira no distrito de Majune.

De acordo com uma nota divulgada pelo MP na capital provincial, Lichinga, nesta quarta-feira (31 de julho) o processo de recolha de declarações já deu início, tendo até agora sido ouvidas duas versões diferentes, dos madeireiros linchados pelo fogo dos agentes e a versão destes servidores públicos.

Enquanto os dois madeireiros dizem que os agentes da Polícia de Protecção do Meio Ambiente não tiveram motivo legítimo, tendo apenas ateado o fogo sob os corpos destes sem ao menos sentirem piedade e remorso ao longo do processo. A polícia afirma serem os madeireiros, os próprios causadores do incêndio que levou os seus corpos a pegarem queimaduras de terceiro grau.

Por sua vez, João Nhane, procurador provincial do Niassa, garantiu que uma vez havendo duas versões diferentes, a Procuradoria a nível daquela província está a fazer trabalhos de investigação minuciosa, de modo a apurar a veracidade dos factos. E caso o crime seja confirmado, os agentes serão responsabilizados pelo crime de homicídio frustrado (que ocorre há intenção de matar um indivíduo, mas por conta de uma circunstância alheia à sua vontade, o crime não é consumado).

Trata-se, portanto, do facto ocorrido no dia 25 de julho no distrito de Majune, quando agentes de Polícia de Proteção do Meio Ambiente atearam fogo contra dois madeireiros que exploravam madeira no povoado de Mecualo supostamente de forma ilegal depois de uma tentativa extorsão mal-sucedida. (Bendito Nascimento)

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