Um momento insólito marcou recentemente uma sessão da Assembleia Municipal de Nacala-Porto segundo mostra o vídeo abaixo, quando um dos seus membros demonstrou dificuldades em ler uma carta oficial dirigida às autoridades, referindo-se às "excelências". Segundo testemunhas presentes, o membro, cujo nome não foi oficialmente divulgado, tropeçou repetidamente na leitura do documento, gerando constrangimento e risos discretos na sala.
A carta em questão, redigida num português formal e dirigida às entidades governamentais e administrativas locais, exigia uma apresentação clara e articulada. No entanto, a leitura foi interrompida por pausas prolongadas, hesitações e confusões com termos protocolares como “suas excelências”, “digníssimos representantes” e “conforme deliberado nesta assembleia”.
A situação reacendeu o debate sobre o nível de preparação e alfabetização funcional de alguns representantes eleitos nos órgãos locais. Diversas vozes da sociedade civil, através das redes sociais e fóruns comunitários, questionaram os critérios de seleção e formação dos membros da assembleia municipal, exigindo maior rigor e capacitação contínua para garantir a qualidade da representação política.
A cidade de Nacala-Porto, uma das mais estratégicas do norte de Moçambique devido ao seu porto natural, enfrenta diversos desafios de governação local, sendo este episódio mais um reflexo das fragilidades institucionais que muitos municípios ainda enfrentam.