Mais de 2.000 funcionários da NASA serão demitidos devido a cortes propostos por Trump



Washington, 10 de Julho de 2025 — A NASA enfrenta uma das maiores reduções de pessoal da sua história recente, com mais de 2.100 funcionários seniores em risco de saída, na sequência de cortes orçamentais propostos pela administração de Donald Trump. A medida, revelada em documentos internos e confirmada por várias fontes oficiais, poderá comprometer projectos estratégicos da agência espacial norte-americana, como o programa Artemis e futuras missões a Marte.

A proposta orçamental para 2026 prevê uma redução drástica no financiamento da NASA, obrigando a agência a oferecer reformas antecipadas e rescisões voluntárias a milhares de trabalhadores dos centros de investigação e operações, como o Kennedy Space Center (Florida) e o Johnson Space Center (Texas). Estima-se que cerca de 1.818 dos visados estejam directamente envolvidos em missões científicas e de voo espacial tripulado.

Além da redução de pessoal técnico e científico, departamentos ligados à estratégia, diversidade, planeamento e inovação já começaram a ser encerrados. Em Março deste ano, 23 funcionários do gabinete do cientista-chefe da NASA foram dispensados, numa reestruturação que já levantava sinais de alarme dentro da comunidade científica.

O plano de cortes está alinhado com a criação do novo “Departamento de Eficiência Governamental”, coordenado por Elon Musk, e reflecte a intenção da administração Trump de reduzir o peso do Estado em sectores considerados não prioritários. Críticos da medida alertam para o risco de "colapso institucional" dentro da NASA, sublinhando que a perda de capital humano e conhecimento acumulado pode atrasar o avanço tecnológico dos EUA em relação a concorrentes como a China.

Organizações científicas e antigos dirigentes da NASA expressaram forte preocupação. “Estamos a falar da menor força de trabalho da NASA desde os anos 60, no auge da corrida espacial”, alertou um ex-director da agência ao Washington Post. Já o sindicato dos trabalhadores federais classificou a proposta como um “ataque directo à ciência e à inovação norte-americana”.

A proposta ainda será debatida no Congresso, mas fontes próximas da Casa Branca admitem que o plano tem apoio suficiente entre os republicanos para avançar parcialmente já no próximo ano fiscal.

Se confirmada, a saída em massa poderá marcar uma nova era para a agência espacial norte-americana — mas não pelas razões que a tornaram célebre ao longo das décadas.

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