A operação aconteceu no passado dia 4 de maio, na aldeia Calugo, no distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, quando um grupo de terrorista acabava de saquear vários produtos alimentares e roubado um barco foi interceptado pelas Forças de Defesa e Segurança do Ruanda, posicionadas naquela região, onde na ocasião abateram cinco terroristas, capturaram três e recuperaram os produtos em questão.
Os ruandeses que primeiramente estavam apenas posicionados em Mocímboa da Praia e Palma, hoje já realizam operações em Ancuabe, Macomia, Chiúre e recentemente estiveram em Eráti, onde fizeram uma autêntica varredura conforme reportamos na edição do dia 04 de maio passado.
A intensificação das operações das Forças ruandesas resultam do facto da retirada total e completa das diferentes frentes das Forças da SAMIM, inclusive da África do Sul, que conforme apuramos a missão não foi prorrogada, mas sim, os benefícios dos militares que estiveram no Teatro Operacional Norte (TON) é que foram prolongados até finais do presente ano pelo Presidente Cyril Ramaphosa, uma vez que alguns militares serão destacados para guarnecer e retirar material bélico que os mais de 1400 homens estavam a usar durante este período desde blindados, viaturas militares, tanques, helicópteros e outros materiais.
Ainda em Cabo Delgado, segundo apuramos, um grupo de terroristas que escaparam das operações de limpeza em Eráti, na província de Nampula, escalou a aldeia Nakoja, no posto administrativo de Mazeze, no distrito de Chiúre, queimou várias palhotas naquela região. Entretanto, as incursões terroristas não só acontecem no TON, mas também nas plataformas digitais, onde um individuo apenas identificado por Farouk e com uma foto no perfil com a bandeira do Estado Islâmico e que diz ter vindo do Marrocos vem afirmando que está em Moçambique para “queimar palhotas cristãs e que não vão descansar enquanto não expandirem as suas operações até a capital do País.”
O terrorista assumido que inclusive acabou publicando o seu rosto num dos grupos de uma plataforma digital composta por vários estratos sociais e pessoas preocupadas com o fenómeno de Cabo Delgado invoca razões religiosas para as atrocidades que estavam a ser praticadas desde outubro de 2017 em Cabo Delgado, pois embora, vários crentes da religião Islâmica rebatam o indivíduo em questão, o facto é que o mesmo continuo a “rir-se da situação que milhares de moçambicanos” vem sofrendo nos últimos anos. (Omardine Omar)