Conselho constitucional - a última bolacha do pacote



Por: Clemente Carlos 

Moçambique vive uma fase inédita da sua história com personagens inusitados ou até inimaginaveis na ribalba, tal como a internacionalização em menos de 3 meses do nome do Moisés de Moçambique tal como o apelidam os jovens nas redes sociais, o politico Venâncio Mondlane, candidato presidencial respaldado pelo partido PODEMOS.

Aliás, PODEMOS, ele mesmo, teve a sorte que qualquer partido nas últimas eleições presidenciais gostaria de ter tido, contar com a presença de tão forte candidato na sua lista, o fenômeno que se vivenciou, aquando das autarquicas de 2023, voltou, as ruas, o amplamente aclamado Venâncio Mondlane ou VM7 alcunha que também já é sobejamente conhecida, mormente na comunidade Lusófona espalhada pelo mundo

É curioso ver, gente de países como Angola, Brasil, Portugal, Africa do Sul, São Tomé, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, etc, a celebrar efusivamente o aparecimento de Venâncio Mondlane não necessarimente na arena política, cujos corridores não lhe são desconhecidos, mas sim na lista às presidenciais

Mondlane é a personificação do clamor os jovens, com um currículo repleto de reivindicações em momentos mais incertos na sociedade desde calamidades naturais a brutalidade policial, onde VM7 escolheu sempre o lado mais frágil, o da população.

O país vive a véspera mais aterrorizante da sua história, igual crianças que vão a festa de casamento de um familiar próximo e não apanham sono só de lembrar o cheiro a novo dos calçados e das roupas já penduradas no guarda-fato, aqui todavia, há um sentimento de dúvidas e de medo, praticamente nenhum moçambicano sabe ao certo se o CONSELHO CONSTITUCIONAL irá falar a favor dos 20 ou dos 70%

Outra preocupação tem que ver com o temível TURBO V8, que só nas imagens recriadas nas redes sociais aludem para uma viatura altamente robusta de alta cilimdragem e rodas bem assentes no chão e preparada para todo terreno.

Todo terreno, pelo menos na minha ótica, aponta para um pronunciamento Chapo-chapo com vantagem para FRELIMO, da parte da dignissíma Lúcia Ribeiro, Presidente do CONSELHO CONSTITUCIONAL.

Tive a sorte e o infortúnio de estar em RESSANO GARCIA, Sábado último, no adeus ao mano Shotta, o infortúnio deve-se ao facto de que dentro do cemitério houve uma chuva de balas que resultaram em mais dois mortos.

No meu ponto de vista a maldição de Moçambique é o sequestro do estado pelo partido no poder, onde todas as instituições e os respectivos titulares estão refens da classe executiva e das elites governantes, em paises sérios os tribunais, a polícia, as Forças Armadas, estão cada um deles a desempenhar o seu papel sem nenhuma intervenção dos políticos

Aqui bem perto de Moçambique na Vizinha Africa do Sul, temos um exemplo Claro de separation de poderes, eu aposto que se o antigo ministro das finanças Manuel Chang tivesse sido detido em Malawi, Zimbabwe ou em Angola, países amigos de Moçambique ou com os mesmos vícios Judiciais ou constitucionais, nesse caso Chang não teria sido extraditado para os EUA, mas sim para Maputo

Mediante a escalada da violência policial e o desespero dos politicos como o ministro do interior Pascoal Ronda, que se socorreu de serviços de Tradução para pedir (help) aos vizinhos da Africa do Sul, onde o ministro da Justiça Ronald Lamola, mostrou todo apoio para revitalizar o tão importante "Maputo Corridor"

Os Sul-africanos, mostraram humildemente a importância do corridor para sua economia, do lado moçambicano, são os políticos empresários que não estão preparados para sofrer o impacto do aludido Turbo V8.

Este exercício todo de até pedir cooperação dos serviços de inteligência angolanos e agora da policia e exército Sul-africano, são claras demonstração de que o CC, vai sem margem para dúvidas, dar boletim de passagem ao Chapo da FRELIMO, muito provavelmente para o inglês ver, poderá cair dos 70 para 60 ou até mesmo 50 por cento, dando algumas esmolas de assentos no parlamento ao PODEMOS, RENAMO E MDM

Quanto ao Turbo V8 e os seus efeitos, apenas poderemos esperar para ver, verdade é que o país não mais será o nesmo, muitos que vinham para politica para se tornarem ricos, agora terão medo dela, pelo que o povo acordou e já sabe exigir os seus direitos, aguns até sonham em voltar para casa, mas quando lembram-se dos compromissos financeiros que têm no partido, dentro e fora do país, só podem continuar a enganar o povo, mas no fundo toda gente sabe, que este país vive de fraudes e que a dizer a verdade custa a própia vida.


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