Moçambique e Malawi recebem 23.000 toneladas de milho Ucraniano em acção humanitária da ONU



A Organização Mundial de Alimentos (OMA), uma agência da ONU, anunciou o envio de 23.000 toneladas de milho ucraniano para Moçambique e Malawi como parte do programa "Grãos da Ucrânia". A informação foi divulgada pela mídia ucraniana, com base em um comunicado do Ministério de Política Agrária e Alimentação da Ucrânia.
De acordo com o comunicado, um navio partiu recentemente da Ucrânia carregando 3.847,9 toneladas de milho destinadas a Moçambique e 19.179,6 toneladas destinadas ao Malawi. A carga será transportada inicialmente por via marítima até Moçambique, onde parte do milho será distribuída. O restante seguirá por terra até o Malawi. A OMA planeja distribuir o milho entre cidadãos socialmente desfavorecidos nos dois países, juntamente com outros produtos essenciais.

Segundo as estimativas da OMA, o milho ucraniano permitirá que cerca de 200.000 pessoas em Moçambique e 900.000 pessoas no Malawi sejam alimentadas durante três meses. Este esforço é parte de uma resposta contínua às crises alimentares que afectam várias regiões da África, onde a insegurança alimentar continua sendo uma grande preocupação.

A iniciativa foi possível por via das doações da Suécia, Holanda, França, Coreia do Sul e Portugal, que financiaram a operação. Para a ONU, essas contribuições sublinham a importância da cooperação internacional em momentos de crise, destacando o papel crucial de parcerias globais na mitigação da fome e na promoção da segurança alimentar em comunidades vulneráveis.

Portanto, esses grãos chegam depois de recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) ter lançado um apelo internacional, solicitando 1,3 mil milhões de dólares para prestar assistência humanitária a 4,7 milhões de pessoas no Malawi, que actualmente enfrentam uma grave crise de fome. O pedido de ajuda foi motivado pelo impacto devastador da seca, exacerbada pelo fenómeno climático El Niño, que devastou as colheitas e a agravou a insegurança alimentar em todo o país.

Contudo, a situação no Malawi tem se agravado desde o início do ano, quando o Presidente Lazarus Chakwera declarou estado de calamidade em 23 dos 28 distritos do país. A escassez de chuva e os períodos prolongados de seca danificaram gravemente as colheitas, especialmente o milho, que é o alimento básico do país. Em março, Chakwera alertou para a crescente crise, apelando por assistência internacional. (BN)

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