A aliança Venâncio Mondlane e a Coligação Aliança Democrática (CAD) está a criar sérios problemas aos três maiores partidos nacionais com deserções complicadas e tenebrosas para os objectivos políticos das três maiores formações políticas com assentos parlamentares, nas assembleias provinciais e até nas assembleias municipais.
A juventude e até políticos influentes em certas regiões abandonaram as suas formações políticas para se juntar à CAD. Por exemplo, em Niassa, um membro influente e que até era 2º vice-presidente da Assembleia Municipal de Insaca, no distrito de Mecanhelas, pela lista da RENAMO renunciou à posição para se juntar ao CAD. Bonifácio Muapareya disse que renunciou para se juntar a Venâncio Mondlane que é um verdadeiro defensor da justiça social e espírito revolucionário.
Já em Nampula e na Zambézia, a situação é mais gritante, onde inclusive figuras influentes que ocupavam cargos importantes em alguns municípios decidiram se afastar para a dedicarem-se à CAD. A situação é tão complicada que alguns membros influentes da Frelimo e da RENAMO preferem realizar militância clandestina. A febre CAD e Venâncio Mondlane cresceu tanto que até em Cabo Delgado, os documentos submetidos por aquela organização desapareceram misteriosamente nas instalações da Comissão Provincial de Eleições (CPE), uma situação que segundo os membros da organização, caso não seja resolvida toda direcção provincial da CPE será levada a barra da justiça.
Já nas redes sociais, internautas ligados ao partido RENAMO não param de criar informações distorcidas sobre a CAD que em menos de três semanas já tem uma presença agressiva em quase todas as plataformas digitais, deixando para trás partidos com mais de 50 anos de existência em termos de presença online, grupos de WhatsApp, seguidores e liberdade de exposição, ou seja, CAD e Venâncio Mondlane estão na moda e a quem diz caso não haja uma “mão invisível” nos órgãos eleitorais e no Conselho Constitucional (CC), Moçambique poderá ter uma nova nata de deputados que não darão sossego aos veteranos da escolinha do barulho do Alto-Maè, na Cidade de Maputo nos próximos cinco anos. (Omardine Omar)